Empresa deverá apresentar laudo sobre morte de peixes em Jundiaí

23/02/2017 20:26
 
O Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Jundiaí (SP) tem até o dia 20 de março para apresentar um relatório minucioso sobre as condições da rede na região do Jardim Tulipas. A empresa recebeu uma advertência da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) depois que um laudo comprovou que a ruptura de um tronco coletor de esgoto provocou a mortandade de peixes no bairro no ano passado.
 
O DAE informou que “está desenvolvendo as ações solicitadas pela Cetesb, como fiscalização da rede coletora de esgoto ao longo do manancial, análise da qualidade de água e que entregará o relatório de atividades dentro do prazo estabelecido.”
 
Em novembro do ano passado, quase meia tonelada de peixes mortos foi retirada do lago, que fica dentro do Parque Botânico do Jardim das Tulipas. O laudo da Cetesb apontou que a morte dos peixes foi provocada pela falta de oxigenação devido ao vazamento de esgoto.
 
Os técnicos da companhia constataram também que o problema foi causado pela ruptura de uma rede coletora de esgoto doméstico e efluentes industriais. Segundo a Cetesb, o relatório do DAE tem que comprovar o ajuste na rede e informar o que a empresa está fazendo para prevenir novos vazamentos.
 
O problema foi descoberto depois que moradores que aproveitaram o feriado de Proclamação da República para passear no Parque Botânico encontraram o cardume espalhado pela água. “Todo mundo se diverte, traz seus filhos, para brincar e andar. Ver os peixes mortos foi muito triste” lamenta o guincheiro, Jhon Lennon Nogueira.
 
Na época do registro da morte dos peixes, o diretor de mananciais do DAE, Aray Martinho, disse que a forte chuva que atingiu a região no fim de semana pode ter ajudado na contaminação. “Por ser o ponto mais baixo, essa região recebe de uma área que tem muita população e de uma área agrícola. Toda essa condição de chuva converge para esse local e esse pode ser um dos indicadores do problema. Pode até ser um extravasamento da rede de esgoto ocasionado por lançamentos clandestinos de águas de chuva no esgoto”, explicou o diretor.
 
Por precaução, funcionários do parque chegaram a retirar as aves do lago. “A substância, não precisa ser necessariamente descoberta. Aparentemente é mais matéria orgânica, que seria uma coisa ligada tanto ao esgoto doméstico quanto aos efluentes industriais e que tenham consumido o oxigênio dessa água”, afirma o gerente da Cetesb, Domênico Tremaroli.
 
 
 
Foto: Divulgação