"Campeonatos de pesca esportiva desenvolvem o setor como um todo", diz MAPA

10/03/2017 19:14

Em entrevista à Fish TV, secretário de Aquicultura e Pesca, do Ministério da Agricultura, fala sobre a o futuro e os projetos para os segmentos

 
 
O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) foi extinto em 2 de outubro de 2015. A pasta foi passada para a secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).  "A extinção do MPA foi uma grande perda para a pesca e aquicultura no país. Contudo, as políticas públicas desses segmentos não foram extintas. Estamos trabalhando arduamente para que os setores sejam desenvolvidos ao nível que merecem", ressalta o secretário, Dayvson Franklin de Souza. Para entender os projetos, as ações e a organização dessas pautas no governo federal, a equipe de jornalismo da Fish TV fez uma entrevista com o secretário. Confira os trechos: 
 
- No período em que o sr. está à frente da secretaria, que pontos você considera positivos no trabalho já realizado em prol dos segmentos da aquicultura e da pesca? 
Estamos passando por um momento muito difícil: o desmonte do Ministério da Pesca e a estruturação da secretaria. Contudo, a retomada das ações como as que estamos trabalhando pela pesca amadora são alguns frutos dessa nossa gestão. Assim como a retomada dos Comitês Permanentes de Gestão dos Recursos Pesqueiros - CPG´s. Já o fortalecimento da pesca e da aquicultura no Ministério da Agricultura por meio das Câmaras Técnicas Setoriais é outra ação importante. 
 
 - Quais são os principais projetos para a aquicultura e para a pesca amadora/esportiva? 
Na posição de secretário de Aquicultura e Pesca, trabalho no fomento da aquicultura e da pesca como um todo. Para a pesca amadora/esportiva estamos retomando as ações de fomento. A principal iniciativa é o apoio financeiro e institucional para os mais relevantes torneios de pesca amadora. Entendemos que esse tipo de evento seja um vetor para o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva do setor. 
 
Estamos retomando ainda as ações de capacitação dos condutores de turismo de pesca que ficaram paradas desde a extinção do MPA. Outro ponto relevante é o reforço institucional da pesca esportiva com os acordos de cooperação com outras instituições como a EMBRATUR/Mtur, FUNAI, ICMbio e outras.
 
Em relação à aquicultura, o trabalho está sendo elencar os principais eixos de fomento juntamente com as Câmaras Setoriais da Cadeia Produtiva da Aquicultura e Carcinicultura. Um dos pontos seria o desenvolvimento da aquicultura em águas de domínio da união e o crescimento da carcinicultura, principalmente, no Nordeste. Para a Amazônia Legal, estamos prospectando e diagnosticando os principais potenciais para o fomento da atividade da aquicultura. Destaco também o esforço em ações de inovação tecnológica para o fortalecimento das cadeias produtivas da aquicultura de modo geral, um trabalho feito com a Embrapa BNDS e CNPq.
 
Foto: Secretaria de Aquicultura e Pesca
 
- Uma das ações da secretaria é o apoio na realização da III Semana Nacional de Pesca Esportiva, Aquicultura e Proteção Ambiental e II Campeonato Brasileiro de Pesca Amadora Esportiva, iniciativas da Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva (Anepe). Qual será a participação da secretaria nesse evento? 
A participação será relevante tanto no apoio técnico (desde auxílio na formulação do regulamento) como apoio financeiro. Estamos trabalhando também na articulação com outras instâncias que podem auxiliar na realização do evento. Para isso, entendermos a importância da aproximação com os estados e demais instituições que possam somar esforços para potencializar o campeonato.
 
- Como o sr. avalia a ideia de trabalhar políticas públicas para a pesca amadora/esportiva de maneira integrada com outros ministérios fundamentais para a atividade como o Ministério do Turismo? 
Acho a ideia ótima e essencial. A própria essência da pesca esportiva já é multidisciplinar, envolvendo ações tangentes ao turismo, por exemplo. Logo, parceiras institucionais reforçam o setor da pesca amadora e esportiva de uma forma institucional. 
 
- Para o desenvolvimento do segmento da pesca amadora/esportiva como um todo, que ponto o sr. considera que deva ser investido com mais urgência? E como pretende trabalhar com essa questão? 
Acredito muito que os campeonatos sejam uma forma de desenvolver a pesca amadora/esportiva. O apoio aos torneios de pesca são ações que fazem com que o esporte chegue até pessoas que ainda desconhecem a pesca esportiva. Mesmo nos dias de hoje, em que a atividade já é relevante para o setor econômico, precisamos mostrar à população em geral a grandiosidade desse segmento. 
 
Fonte: Fish TV